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Control, o comentado filme sobre a breve vida de Ian Curtis, vocalista do Joy Division é tão introspectivo quanto o som da banda. O diretor Anton Corbijin, faz sua estréia em longa-metragens contando a história de seu ídolo. Corbijin que veio do vídeo-clipe(ele trabalhou com o Nirvana), usou o preto e branco para realizar o filme, o que talvez dê a ele um aspecto muito mais convincente.
Convincente também é a atuação de Sam Riley na pele do intérprete de Love will tear us apart. O ator interpreta com louvor cada trejeito do cantor. O roteiro do filme é baseado no livro escrito pela viúva de Ian, Deborah Curtis, no filme interpretada por Samantha Morton.
O atormentado Ian Curtis sofria porque vivia entre duas mulheres, porque achava que não era um bom pai, porque tinha epilepsia. E tanto sofrimento fez com que a medida que sua banda e suas composições faziam sucesso ele se degradasse.
Na trilha-sonora as composições de Ian Curtis dão completo sentido às cenas. Tem também muita referência de Bowie, Sex Pistols, Lou Reed e Buzzcocks. Quem já viu o pseudo-documentário A Festa Nunca Termina, vai fazer alguma relação com Control, justamente por ambos abordarem o mesmo período do rock britânico, a Factory e tudo mais.
Ian Curtis se matou em maio de 1980 aos 23 anos. Deu fim a uma trajetória promissora porque não conseguiu encontrar o controle. Os integrantes de Joy Division criaram uma nova ordem e hoje são conhecidos como New Order.
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