De que outra maneira eu me sentiria nesse momento da minha vida no underground nova-yorkino? Shortbus fez isso comigo, me provocou e me fez sentir lá. O filme de John Cameron Mitchel(de ótimo Hedwig:Rock, Amor e Traição) aborda o sexo como tema principal.
Insinuar ou deixar explícito? No cinema essa é uma questão que muitas vezes gera polêmica. Shortbus mostra tudo, desde uma mijada na banheira, a penetração, orgasmos, e tudo mais. É um filme erótico sim, mas tem grande valor estético, cenas muito sensíveis e acaba passando a mensagem no final.
A história é a de um casal gay em crise James e Jamie, que procuram uma terapeuta o para casais, Sofia. Ela acaba revelando que nunca gozou. A trama se desenvolve mostrando as transas de Sofia e a busca pelo tão sonhado orgasmo. Em contraponto aparece o Shortbus, um club do underground nova-yorkino onde rola desde uma rodinha de bolachas à shows super descolados e mega bacanais.
Quem se agride com o sexo explícito no cinema deixa passar batido. Mas quem aprecia o gênero como algo novo e ousado não pode perder. Outros boas investidas nessa área foram o japonês Império dos Sentidos de 1976 e o mais recente 9 Canções do inglês Michael Winterbotton, que misturava música a cenas de sexo.
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