La Science des Reves(França, 2006)
Acho que o maior problema em se tornar um diretor renomado é a cobrança que passa a existir a cada novo filme. No caso,
Michel Gondry vinha do arrebatador
Brilho Eterno de uma mente sem lembranças, e todos esperavam a superação em seu novo longa, superação essa que não acontece. Mas vejam bem, gostei do filme, só acho que acabou sendo prejudicado em torno de tanta expectativa.
Dessa vez Gondry rodou no idioma de origem, o francês, e o roteiro ao contrário dos filmes anteriores é assinado por ele sozinho, e não mais por seu colaborador Charlie Kauffman, que faz falta. A idéia do filme é confundir sonho e realidade, e Gondry faz isso juntando ingredientes e técnicas que usou nos tempos de diretor de video-clipe(Chemical Brothers, Bjork, White Stripes, etc...).
No elenco o mexicano
Gael García Bernal e a francesa
Charlotte Gainsbourg vivem um romance que pouco convence mas que é valido por seu aspecto delirante e onírico. Um dos grandes momentos é quando o personagem de Bernal, canta a bela
After Hours do
Velvet Underground.My Blueberry Nights(Hong Kong, China, França 2007)
A aguardada incursão do diretor de Hong-Kong
Wong Kar Wai no cinema falado em inglês, também marca o debut da cantora
Norah Jones como atriz. O diretor dos elogiados
Amor a Flor da Pele e
2046 aposta mais uma vez na forma estética para construir seu filme. É talvez por estar pouco familiarizado com o Ocidente que o diretor acaba gerando uma certa estranheza no público.
Mesmo assim a fórmula adotada por Kar Wai é quase infalível, a do
road movie, chega a lembrar um pouco o universo do cineasta
Win Wenders. O visual e a trilha sonora empolgam. Em uma viagem pela América com o intuito de esquecer o amor que a rejeita, a personagem de Norah Jones viaja de NY onde larga o pretê
Jude Law, pelo interior dos EUA, onde conhece personagens interessantes interpretados por
Natalie Portman,
Rachel Weiz e
David Statheirn. Tem ainda outra cantora no elenco, a folk e fofíssima
Cat Power.
O Orfanato(Espanha, 2007)
Dirigido pelo estreiante
Juan Antonio Bayona e produzido por
Guillermo del Toro(
O Labirinto do Fauno,
Hellboy), o suspense espanhol
O Orfanato lembra bastante
Os Outros (de Alejandro Amenábar) e
A Espinha do Diabo(de Del Toro), e deveria servir de exemplo para Hollywood fazer bons filmes do gênero. Na história, um casal se muda junto do filho para a casa que foi o Orfanato onde a esposa(Belén Rueda, de Mar Adentro) cresceu.
É claro que fatos estranhos começam a acontecer. O filho se vê cercado de amigos imaginários, até que um dia desaparece, provocando assim uma busca frenética por parte da mãe. Tudo leva a crer que o sumisso está relacionado aos espíritos que habitam a casa. Bons sustos e muito mistério estão garantidos em um filme empolgante. No elenco ainda
Edgar Vivar, o Seu Barriga do seriado Chaves,
Fernando Cayo e
Geraldine Chaplin.
ps: foi o melhor do feriado!
ps2: e viva o e-mule!