sábado, 2 de junho de 2012

Paraísos Artificiais

Embora me remeta a uma frase cantada por Marina Lima em uma de suas canções, o que inspirou o título de Paraísos Artificiais foi um ensaio sobre drogas escrito por Charles Baudelaire. E como não poderia deixar de ser, é exatamente disso que o filme trata, drogas, um paraíso efêmero, um refúgio temporário, a beira do precípicio. Nathalia Dill que se despe da imagem das mocinhas que interpreta na TV, vive uma Dj, Érika, personagem que conduz a trama, ambientada em três diferentes momentos, em três diferentes lugares. Uma grande Rave no Recife, paraíso do ecstasy, ácido, GHB, cocaína, mescalinam entre outros, Amsterdam, paraíso sintético mor e Rio de Janeiro, nem tão paradisíaco assim, pois é justamente onde há um caráter mais real, e não que viajar de ácido seja irreal, mas artificial. Em seu primeiro longa-metragem, o diretor Marcus Prado, mostra um apuro estético muito refinado. A história dos personagens que se intercala chega a ser tensa, por envolver tantas idas e vindas, e por não contar com uma narrativa artificial. Mesmo com a onipresente história de amor, parecer um pouco raza, o saldo final do filme é absolutamente positivo.

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