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O vídeo mais recente da
Roisin Murphy,
Movie Star, me motivou a escrever sobre o incomparável
John Waters, de onde ela buscou inspiração. Waters começou a carreira de diretor nos anos 60, produziu obras subversivas, controversas e de forte apelo homossexual, seu trabalho foi de grande vanguarda para a época. Junto de sua musa, a drag queen
Divine, John Waters chocou platéias com
Pink Flamingos e
Female Troubles, duas de suas obras mais escatológicas, tem que ver pra crer! Depois de diversos filmes da década de 60, Divine, que se lançou como cantora, atuou também em
Polyester, onde aparece mais recatada, e em
Hairspray, de 1988, ano de sua morte e que também traz Debby Herry no elenco. Anos mais tarde
Hairspray foi refilmado e Divine substituida por
John Travolta.
A primeira fase do cinema de
Almodóvar parece ter absorvido bastante influência de John Waters, basta comparar
Pink Flamingos e
Pepi, Lucy, Bom y otras chicas del montón para tirar a prova.
Outra que também apareceu muito no cinema de Waters, foi
Edith Massey, velha gorda e desdentada que quase sempre se mostrava em situações constrangedoras. Vale a pena conferir o documentário sobre a atriz.
A partir dos anos 90 a produção de John Waters passou a ser mais esporádica, em 1990 ele dirigiu o musical
Cry Baby com Johnny Depp, a então atriz pornô Traci Lords e Iggy Pop. Em 1994 veio um de seus maiores sucessos,
Mamãe é de Morte, filme que me levou a conhecer o universo bizarro do diretor. Depois ainda veio
Pecker(1998),
Cecil bem Demente(2000) e o regular
Clube dos Pervertidos(2004). Agora John Waters trabalha em seu novo projeto,
Fruitcake, que será protagonizado por Parker Posey. Como ainda não vi todos os filmes do mestre vou aproveitar o Torrent para assistir toda essa peculiar filmografia, enquanto não chega coisa nova por aí.