Marcas da Violência(EUA, 2005)
Depois de Spider - Desafie sua mente, um filme coplexo e perturbador David Cronenberg continua mostrando plena forma em Marcas da Violência, longa onde abandona um pouco o escatológico e o surreal para fazer um cinema mais cru.
Logo no início uma cena de impacto, sangue, mortos e um tiro na cabeça de uma criança, corta para a vida tranquila e exemplar de Tom Stall, um homem que vive em uma cidade pacata com sua esposa, filhos e o negócio promissor, o que na verdade é uma vida de farsas já que depois de matar dois assaltantes em seu restaurante ele acaba sendo procurado por gangsters que acreditam que ele seja um grande matador do passado.
Viggo Mortensen vive esse herói que ao mesmo tempo é anti-herói, e consegue se desvincilhar bem rápido da imagem que construiu para a trilogia de O Senhor dos Anéis, mostrando uma de suas melhores atuações, talvez porque por trás de tudo contasse com uma direção competentíssima.
No elenco ainda tem Maria Bello que achei incrivelmente parecida com a Diane Lane e Ed Harris que está de colocar medo.
Marcas da Violência é ainda mais profundo quando mostra as frustrações do filho adolescente reprimido pela monotonia da família, e que cresce com o desenrolar da trama, além de duas ótimas cenas de sexo entre Mortensen e Maria Bello que definem muito bem os momentos da história.
ps: a partir de amanhã começo a analisar a obra de outro diretor, dessa vez o meu preferido de todos.
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